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Por que a experiência nunca envelhece?

O que as empresas buscam é a criação de um ecossistema onde a troca de informação e aprendizado de ambas as partes é o mais importante

Hoje existem no mercado algumas plataformas digitais de colaboração que podem ser usadas para integração, capacitação e desenvolvimento prático de profissionais, parceiros, clientes e fornecedores de uma empresa por meio de redes sociais particulares. Mas o que seria do avanço digital sem conteúdo?

Essas tecnologias de comunicação, que podem ser tanto internas como externas, têm o objetivo de fornecer novos conhecimentos e treinamentos a seus colaboradores, clientes e prestadores de serviço a fim de melhorar o desempenho profissional e pessoal de cada indivíduo. Para isso, algumas empresas estão até recorrendo a profissionais seniores já aposentados para atuar nos treinamentos e prover conteúdo para os mais jovens, pois quando estes profissionais deixam as companhias, elas perdem experiência de mercado e poder de decisão.

Profissionais aposentados são tão úteis para as empresas que dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) mostram que no primeiro trimestre de 2014, os idosos aposentados representavam 6 milhões de trabalhadores. No mesmo período deste ano, 6,5 milhões de idosos estavam no mercado, dos quais 137 mil desocupados, mas em busca de uma vaga.

Usar o conhecimento dos aposentados em plataformas de treinamento e compartilhamento de conteúdo se tornou uma forma segura de obter uma formação eficiente e atemporal para todos os colaboradores, clientes e fornecedores. Muitos jovens concluem seus cursos de graduação, mas sem nenhuma experiência profissional. E, quem melhor que os seniores para mostrar exemplos práticos, métodos de negociação, entre outras funções?

Na verdade, o que as empresas buscam é a criação de um ecossistema onde a troca de informação e aprendizado de ambas as partes é o mais importante.

Um exemplo bem lúdico é o filme Um Senhor Estagiário (The Intern) lançado este ano, onde Ben Whittaker (Robert De Niro), um aposentado, resolve voltar à ativa depois de ficar viúvo e estar entediado com a vida. Ele é contratado por uma empresa de e-commerce por conta de cotas na companhia. A princípio ele é designado a funções corriqueiras. A CEO da corporação, Jules Ostin (Anne Hathaway), acha Ben um estorvo, até que ele começa a se mostrar um ótimo profissional com várias ideias e conquistando a equipe, mesmo não entendendo do mercado. Ao final ela descobre que ele foi um CEO importante em sua época e a ajudou a melhorar a empresa. O filme é uma ótima lição corporativa e para o atual setor tecnológico, onde os jovens profissionais ignoram pessoas mais velhas e com pouco conhecimento tecnológico.

Como funcionam essas plataformas

Normalmente, é um conjunto de tecnologias compostas por mensagens instantâneas, espaço para publicação e gerenciamento de conteúdo, como artigos, fóruns e pesquisas. A plataforma ainda dispõe de vídeos, blog posts e recomendações - que podem ser promovidas para ampliar o alcance das ideias, aumentando o engajamento dos colaboradores e clientes -, com funções similares à das redes sociais Facebook, Twitter, Blogs e até Orkut, com comunidades criadas pelos usuários.

O desafio das companhias é criar um novo local de trabalho com base na colaboração e co-criação. As ferramentas de mídia social oferecem um campo de solução inovadora em várias áreas-chave. Ao usar a tecnologia para manter os profissionais atualizados e engajados, a força de trabalho pode realmente aumentar e contribuir para o crescimento da companhia e dos profissionais.

Hoje em dia, todos precisam estar conectados às mídias sociais, pois elas também facilitam uma relação entre os profissionais mais velhos e os mais novos. Combinando a experiência dos seniores com o know-how técnico de jovens trabalhadores, as empresas conseguem melhores resultados de negócios e reduzem riscos. Por que afinal, a experiência não envelhece e a tecnologia tem o poder de multiplicá-la.

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